Os Transformers surgiram em
O roteiro do filme, de Roberto Orci e Alex Kurtzman, conta a história da guerra entre os Autobots e os Decepticons, duas raças alienígenas robóticas do planeta Cybertron A batalha fez com que o planeta fosse destruído. Megatron, o líder dos Decepticons chega à Terra em busca de Allspark, um cubo de Cybertron, capaz de transformar qualquer aparelho eletrônico em um robô com inteligência própria. Ao encontrar Allpark, Megatron acaba congelado no Ártico. Exploradores liderados pelo Capitão Witwicky (William Mogan Sheppard) acabam involuntariamente reativando seu sistema de navegação. Anos depois os Autobots acham através da internet o descendente do Capitão Witwicky e chegam a terra para achar Allspark antes dos Decepticons e impedir que o planeta Terra também seja devastado. As autoridades dos principais países do mundo entram em alerta esperando uma possível 3ª Guerra Mundial, em especial os Estados Unidos (naturalmente). Enquanto isso, Sam Witwicky (Shia LaBeouf) tira boas notas e junta seu dinheiro para garantir seu primeiro carro, sem saber é claro que seu Camaro antigo tinha vida própria.
Esse trecho que selecionei do Transformers é uma das melhores sequências do filme, pelo menos no aspecto de efeitos sonoros. A trilha que embala a chegada dos Autobots à Terra dá um ritmo muito bom às cenas, valorizando o ritmo dos acontecimentos. A música fica em evidência a maior parte do tempo nesse trecho, principalmente no início. Quando os Autobots “aterrisam” como meteoros na Terra percebe-se uma clara referência ao filme Armaggedon, de mesmo diretor de Transformers. Os efeitos de explosões, do choque dos Autobots no solo (em estádio de futebol, piscina, prédios), não são muito salientes, ficam preenchendo o que cabe a eles enquanto a trilha sonora específica para essa parte fica
Efeitos sutis já são interessantes, como quando os Autobots começam a “copiar” informações dos carros e se transformarem, foram criados áudios para o momento que eles olham o carro e copiam informações e para toda a transformação do robô
As vozes dos robôs são dubladas por atores e editadas posteriormente, recebendo destaques metálicos, parecendo mais pesados e robóticos. Após apelos dos fãs foram chamados os dubladores originais na séria animada, Peter Cullen e Frank Welker, dubladores respectivamente de Optimus Prime e Megatron, mas o diretor Michael Bay achou que a voz de Welker estava bastante envelhecida e não combinava mais com o personagem, para seu lugar foi chamado Hugo Weaving para fazer Megatron e Cullen foi confirmado para Optimus Prime.
No robô com problemas no processador de voz, Bumblebee, percebe-se uma mescla de inúmeros áudios de rádios que ele acaba utilizando para se comunicar, segundo os responsáveis pela mixagem, entre os sons de rádio estão diálogos da tenente Uhura, da série de TV Jornada nas Estrelas e falas de John Wayne em seus filmes.
No final desse trecho selecionado do filme, Optimus Prime conta a história da batalha dos Autobos contra dos Decepticons a Sam e Mikaela, nesse momento a voz da narração de Optimus é o destaque de áudio, tendo a trilha embalando sua narrativa, crescendo em certos momentos, e os efeitos dos acontecimentos que o robô vai narrando ficam preenchendo e caracterizando a história. Aqui são usados efeitos de explosões, do asfalto se abrindo, da guerra e da destruição de Cybertron e gelo se partindo no ártico. Nesse momento ainda temos trabalho digital nas vozes dos exploradores, dando um som de eco e abafamento em seus gritos durante a descoberta de Allspark.
É fácil perceber porque Transformers recebeu as indicações ao Oscar. A mixagem de voz, trilha sonora e efeitos casam muito bem, a música dá embalo e movimento na sequência de áudios que caracterizam perfeitamente os acontecimentos. Do barulho dos Autobots caminhando que se assemelha aos Tirranossauros Rex de Jurrassic Park à sonorização da transformação dos carros em robôs onde o Cinema fez algo nunca antes visto ou ouvido, realmente uma mágica em que nossos olhos não conseguem ver os truques e os ouvidos aceitam como realidade. Resultado de muito trabalho e criatividade, ou como diria o Capitão Witwicky, “Sem sacrifício, não há vitória”.
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