domingo, 15 de março de 2009

Daniel Storch - A Balada do Pistoleiro (Desperado)

Daniel Storch - A Balada do Pistoleiro (Desperado)

Direção: Robert Rodríguez
Roteiro: Robert Rodríguez
Produção: Robert Rodríguez, Bill Borden
Música Original: Los Lobos, Tito Larriva
Música Não Original: Mark Knopfler, Link Wray
Fotografia: Guillermo Navarro
Edição: Robert Rodríguez
Ano: 1995

É o primeiro grande filme estrelado pelos maiores astros latinos da atualidade, Antônio Bandeiras e Salma Hayek e marcou meu tempo de piá! Não é propriamente trash, mas tem um flerte forte com o gênero! À procura de vingança por causa da morte da namorada, o Mariachi carrega um estojo de guitarra cheio de armas e mergulha de cabeça no submundo de fronteira. Muito tiro, mortes, ação e cenas forçadas. Ou seja, é um baita filme! A trilha é sensacional, Antonio Banderas e sua banda metendo um violão! Muito massa!

Efeitos: A cena escolhida serve bem para exemplificar o clima do filme. A maioria dos efeitos são exagerados e casam perfeitamente com a ação. Nesse trecho, o primeiro efeito evidente é de uma pistola sendo engatilhada, as armas do Mariachi são descobertas e aparece o som do violão sendo aberto. Depois um efeito que acho muito interessante, duas armas surgem das mangas para as mãos do pistoleiro. O efeito ficou parecido com uma calibre doze sendo engatilhada. Não sei como foi feito mas convenceu. Daí em diante basicamente o que aparece são muitos tiros, pistolas, metralhadoras, vidros e garrafas quebrando, gente correndo, caindo e gemendo ao ser atingido. Em 2:40, os tiros param e diferentes armas são recarregadas, acho esse momento bem interessante.

Música: Sendo o protagonista do filme um Mariachi, fica evidente que a música está bem presente e, assim como os efeitos, interage muito bem com a ação. Além de canções latinas só com violão, bem estilo mexicano mesmo, muito “blues rock ou Rock Blues” na maioria das cenas. Nesse trecho ela é toda instrumental e a guitarra fica em evidência. Começa mais lenta e baixa enquanto os personagens conversam, o clima fica mais tenso e a trilha acompanha tudo. Logo após os primeiros tiros, há um momento mais calmo onde armas são recarregadas, nesse momento a música diminui, a guitarra sai e fica só uma percursão. Outro momento que acho bem interessante. A música acaba com o último tira da cena, como se fosse mesmo um show e tudo ali fizesse parte da apresentação da banda do Mariachi

Voz: Alguns diálogos são em espanhol e tudo que é em inglês tem sotaque espanhol. No início da cena, o dono do bar fala meio nervoso que ouviu sobre um matador, o Mariachi que estava com uma arma na cabeça, diz aliviado que está tudo bem, num tom de “camaradagem”, mas logo um mexicano e descobre as armas e grita avisando: “é ele”! O violeiro começa a falar rápido para explicar que não tinha nada contra eles. O dono do bar pede para que alguém mate ele. Porém o Mariachi deixa bem claro: “ainda não”. Esse sotaque torna a maioria dos diálogos interessantes e divertidos.

Nenhum comentário: